Após um evento traumático que me aconteceu há aproximadamente 25 anos, desenvolvi uma dor crônica generalizada que era mais concentrada do lado direito do corpo, mas que me causava dor em todos os músculos, cansaço extremo ao menor esforço e enxaquecas.
Quando comecei a sentir essas dores, os diagnósticos de fibromialgia não eram comuns e eu passei anos indo a médicos sem nenhum sucesso. Eles apenas se espantavam como alguém tão nova (começou aos 19/20) poderia sentir tanta dor. Falavam coisas gerais como “estresse”, “preocupação demais”, etc. Ainda bem que isso mudou e hoje existe o diagnóstico de fibromialgia.
Se pra mim foi difícil, agora imagina pra minha vó Vavá, que também começou a sentir dor muito jovem, bem como minha mãe.
A psicoterapia baseada no trauma me ajudou depois de muitos anos a compreender de onde vinha tanta dor, mas apenas quando eu integrei a magia e as ervas no tratamento eu pude obter resultados no corpo físico.
Nesse texto vou explicar como foi que a magia me ajudou e como as ervas atuaram na minha cura.
Hoje eu não sinto mais dor todos os dias como sentia antes. Ainda sinto algumas articulações que acabaram sendo comprometidas durante o processo e de vez em quando dores musculares, mas só quando há um certo de exagero nas atividades físicas.
Não é mais aquela dor 24 horas por dia que não te dá sossego. Só quem tem ou teve sabe como é horrível e desesperador sentir dor todos os dias.
A CURA PELA MAGIA
Sempre tive muita curiosidade sobre me entender. Eu simplesmente não consegui aceitar meu diagnóstico como uma sentença e essa ideia de aceitar a dor e lidar com ela pro resto da vida era revoltante para mim.
Dançar faz eu me sentir viva e eu tive que parar várias vezes por conta das dores. Mas querer voltar a dançar de forma constante foi o que mais me moveu em direção à investigação e à cura.
O fato de minha avó materna e minha mãe sentirem as mesmas dores já me apontava o caminho. Em 2019 eu fiz um curso de thetahealing. Nunca atuei profissionalmente diretamente com o theta, mas usava algumas de suas técnicas na investigação do meu processo e ia associando as ervas para ir limpando os traumas a nível energético.
Não era fácil entrar em contato com algumas questões, mas sempre senti que era uma jornada espiritualmente orientada. Hoje eu levo alguns aprendizados dessas limpezas para os meus atendimentos com o benzimento.
Faço perguntas estratégias para chegar de maneira delicada no cerne da questão e limpar. Assim como foi comigo, nem sempre conseguimos chegar nesse lugar de primeira, mas em uma primeira sessão, muitas pessoas já alcançam algum alívio. O que eu digo sobre o benzimento é que a pessoa sempre sai melhor do que entrou. E durante as sessões e em conexão com o eu superior eu sugiro tratamentos espirituais para complementar a limpeza.
Há casos onde a cliente pode vir a sentir que alguma coisa piorou. Isso acontece porque antigos padrões são colocados a nossa frente para que a gente rompa com eles e incorpore o novo. E o novo, mesmo quando é bom, é algo que não estamos ainda acostumados. O benzimento atua dando coragem e leveza para lidar da melhor forma com as situações que aparecem.
Hoje eu continuo usando em mim o autobenzimento associado à investigação que a ferramenta do thetahealing me proporcionou. E sigo as orientações da espiritualidade referente a banhos, chás, bálsamos e mudanças comportamentais para complementar a cura.
A CURA PELAS ERVAS
Dor crônica é uma condição desafiadora de ser tratada e eu evito ao máximo o uso de medicamentos sintéticos. Sou fitoterapeuta tanto pelo meu conhecimento científico quanto tradicional e foi unindo essas duas áreas e criando protocolos de cura.
Assim como aprendi com o benzimento, eu encanto cada preparado, desde um simples chá para potencializar seus resultados e realmente as ervas começaram a agir diferente no meu campo.
OS BANHOS DE ERVAS
Aqui entraram a mãe boa, a aroeira e a rosa branca.
A mãe boa foi a primeira. Ela foi indicada por uma mãe de santo há muito tempo, uma mulher de Nanã. E realmente ela faz jus ao nome. É um bálsamo no alívio das dores, ajuda a dormir, a relaxar. Tudo de maneira suave. Gosto de indicar a mãe boa principalmente quando a cliente está muito fragilizada e não consegue lidar com questões muito profundas, mas necessita de um alívio inicial para começar a ter coragem de olhar para aquilo que a impede de se libertar de uma situação. Porém cada caso é individual. O campo da pessoa é que vai me orientar.
Depois chegou a aroeira. Essa se apresentou por si própria. Como toda planta dos orixás do fogo, ela é disruptiva. A aroeira é recomendada quando já estamos mais fortalecidas e capazes de lidar com os desafios. Porque ela vai causar uma verdadeira reviravolta, ela vai mexer em antigos padrões e nos tirar da zona de conforto. A aroeira não faz as coisas por nós, mas nos ajuda a perceber padrões que precisamos soltar para avançar em direção às nossas curas. Ela nos tira da zona de conforto e a gente vai ganhando coragem de finalmente fechar aquele ciclo com pessoas que nos fazem mal por exemplo. Ela ajuda a interromper ciclos dolorosos no geral e a tratar vícios.
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Por último veio a rosa branca. A rosa branca é a minha planta favorita para tratar dores transgeracionais. Principalmente aquelas que são herdadas pela nossa linhagem feminina. Como minha mãe e minha avó também sofrem de dor crônica, o diálogo com a rosa branca foi no sentido de purificar essa dor de mim para trás e consequentemente de mim para frente dentro do meu sistema familiar. Ela não é tão desafiadora quanto a aroeira e nem tão leve como a mãe boa. Ela mostra o que precisamos ver. Principalmente quais padrões herdamos de nossas ancestrais. Ao trazer esses padrões para a consciência, temos a possibilidade de lançar um olhar amoroso sobre todas que vieram antes de nós, honrá-las, pedir a benção a elas e nos permitir fazer diferente.
A cada cura de um padrão familiar como esse, nossas ancestrais vibram de contentamento, pois hoje temos a oportunidade que elas não tiveram. Nós somos a voz de cada ancestral nossa que foi silenciada.
OS CHÁS E FITOTERÁPICOS
Os meus chás favoritos foram capim limão, cúrcuma e gengibre. Também integrei a erva cidreira (verbena brasileira) pela minha conexão ancestral com ela. São plantas com propriedades antiinflamatórias e relaxantes.
A valeriana e a passiflora entraram no esquema terapêutico nos momentos de insônia. Porque tem dias que a dor é tanta que não se consegue dormir.
OS BÁLSAMOS FITOENERGÉTICOS
Bálsamos fitoenergéticos são preparados a partir de extratos glicólicos, óleos essenciais e uma base carreadora natural. Ensino a produzir as bases, os extratos e a usar os óleos essenciais na minha apostila Design de cosméticos naturais. Se você deseja aprender a produzir as bases, os extratos e a usar os óleos essenciais, você pode comprar a apostila >> aqui <<.
A canela de velho, segundo sua assinatura energética, ajuda a amadurecer com sabedoria nos levando a integrar a autorresponsabilidade e a disciplina em nosso caminho de cura e em todas as áreas da nossa vida[1]. Estudos demonstram propriedades antiinflamatórias, antixoxidantes e analgésicas, devido principalmente à presença de compostos fenólicos e sesquiterpenos. Na fitoterapia tradicional ela é usada para torcicolos, tendinites, dores agudas e crônicas em geral.
Eu preparo um extrato com canela de velho, amescla e mãe boa e associo a resina de copaíba e os óleos essenciais de cravo, capim limão e hortelã.
A DANÇA
Os hobbies são muito importantes. E na vida de quem possui uma doença crônica ainda mais. Bem como a atividade física. Ambas liberam neurotransmissores ligados ao prazer e ao bem estar. Por isso eu considero dançar uma forma de magia e de manter as dores afastadas do meu corpo. Antes eu não conseguia manter uma rotina constantes de dança (faço pole dance), mas depois que alcancei o alívio das dores eu danço praticamente todos os dias. Recomendo fortemente que você descubra uma paixão que seja praticada com leveza e sem cobrança de performance. Você não precisa ser boa no seu hobby, mas deve ser apaixonada por ele.
Se você deseja um acompanhamento fitoterapêutico para sua condição de dor crônica (ou qualquer outra que esteja te afligindo nesse momento), seja através do benzimento , da fitoterapia ou de ambos me envie uma mensagem por e-mail – [email protected] – (de preferência) ou pelo direct do instagram.
Cuide da sua energia!
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Mona Soares é graduada em farmácia pela UFBA e especialista em manipulação cosmética pela ABEFARMA.
Estuda plantas medicinais, perfumaria mágica, bruxaria, aromaterapia, cosméticos e afins desde 1999.
É benzedeira e mentora de alquimistas.
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REFERÊNCIAS:
- Oráculo “Ciranda das Ervas” – Elisa Makray, Luma Flores e Ver Monteiro.