Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem festa
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada
Salve as folhas!
(Gerônimo/ Ildásio Tavares)
Há alguns dias tive a oportunidade de colher ervas fresquinhas e eu não poderia deixar de pensar em uma alquimia para elas! Uma pequena parte teve outro destino, mas a maioria simplesmente viraram sabão!
1. Ervas fresquinhas colhidas por mim |
Tirando a pimenta e o jasmim, o restante das ervas foram maceradas frescas à frio, utilizando técnicas ancestrais de maceração. As ervas maceradas foram: hortelã-graúdo, manjericão, melissa e falsa-alfazema (vitex). O cheiro ficou muito gostoso, e mesmo durante a feitura do sabão ele continuou pronunciado. Esse sabão foi batido lentamente, só com o batedor manual para apreciar melhor a experiência.
2. Óleos vegetais saponificados misturados ao sumo das ervas |
Optei por fazer esse sabão sem nenhum óleo essencial e o único aditivo usado foi alecrim em pó. O objetivo foi avaliar se o cheiro das ervas resistiria à saponificação e ao período de secagem e se o alecrim em pó sozinho funcionaria como conservante. O alecrim em pó serviu também para incrementar a mistura de ervas, emprestando seu aroma e suas propriedades tônicas, animadoras.
As ervas aqui colocadas são utilizadas nos famosos banho de folhas, os banhos cheirosos que visam trazer bons fluidos.
Quando cortei as barrinhas, elas guardavam sim o aroma das ervas. Bem suavemente, é claro, já que nenhum óleo essencial foi utilizado. Agora elas irão amadurecer por 30 dias, quando serão liberadas para uso.